segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Arquivo Pessoal - Psiu, estamos aqui...



Lembranças de escolhas passadas e há tanto tempo esquecidas voltavam à minha mente, queriam que eu as percebesse e que fizesse algo com elas; queriam tomar vida, chamavam minha atenção incessantemente, mas na correria do dia-a-dia acabava deixando-as escondidas, sempre prá depois.

Era início de Abril, e lá estavam elas novamente me dizendo: “Oi, estamos aqui” “Por que você nos deixou para trás?”. E então comecei a conversar com elas, dar mais atenção, tentar perceber o que elas queriam me dizer. E foi então que entendi... uma escolha feita há 19 anos atrás, que foi minha vida por 5 anos e que esporadicamente voltou durante todo esse período, reivindicava seu lugar em meu mundo novamente, ela queria existir de novo e para isso precisava da minha atitude, da minha coragem, da minha ação.

Mas como fazer? Tanto tempo se passou, a insegurança e a vergonha pesavam bastante, mas elas estavam ali, nunca desistindo, sempre aparecendo. Nos momentos de solidão, confesso que dava mais atenção a elas, dava mais oportunidade de aparecerem, de se manifestarem, mas o medo ainda impedia a ação.

Até que um dia, essas antigas lembranças encontraram novas aliadas, que vieram com muita força me tirar do lugar acomodado no qual me encontrava e me cobraram uma posição, de certa forma até cruelmente, mas queriam uma resposta, e percebi que não me deixariam se não desse o que queriam.

Comecei então a buscar comprovações de que essas lembranças passadas estavam ligadas a fatos que realmente existiram e encontrei diversas provas disso, mas uma delas foi a mais significativa. Uma frase dita no dia 15 de dezembro de 1994 trouxe à tona as escolhas que fiz, escolhas essas que fizeram de mim o que sou...

“Como Psicólogo eu juro que ao penetrar no íntimo de meus semelhantes, estarei tentando compreendê-los e ajudá-los, esforçando-me a dissipar-lhes os medos, dúvidas e angústias, fazendo com que tenham em si mesmos, o controle de suas emoções e problemas, para com isso abrir-lhes o espírito, auxiliando-os na conquista de seus ideais de felicidade e realização”.

E então, no dia 15 de abril de 2009 dei mais um passo na busca de ferramentas que me ajudem a cumprir esse juramento, com novos sonhos, novas ansiedades, mas com novas certezas também: certeza de que o pedido das minhas antigas lembranças foi atendido e que esse é o caminho que escolhi e que não posso, não quero e não vou mais abandonar.

Autora: Sandra Lopes

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